Comunicado de Ricardo Esteves

Hoje tomo uma das decisões mais tristes e difíceis da minha vida, mas convicto que é a melhor decisão tanto para mim como para todos os que me acompanharam nesta aventura durante 4 anos no dirigismo do FootGolf em Portugal.

Devido à falta de gratidão, reconhecimento, respeito e por toda a injustiça que a Federação Portuguesa de FootGolf tem sido alvo nos últimos tempos, por parte de um núcleo de jogadores/filiados, não poderei admitir mais nem continuar a dirigir a Presidência da Federação Portuguesa de FootGolf, tal como, todos os Orgãos Sociais por mim escolhidos.

Rejo-me por valores que já mais poderão ser postos em causa, como àqueles que comigo trabalham e acompanham na Direção.Todo o esforço, dedicação, paixão e honestidade com que sempre trabalhei em prol da Associação Nacional de FootGolf Portugal e posteriormente na Federação Portuguesa de FootGolf, foi única e exclusivamente com o objetivo de ajudar a desenvolver, dinamizar e evoluir o FootGolf em Portugal, juntamente com a minha Direcção (sem querer nada em troca, sem qualquer remuneração) desde 2017 até ao dia de hoje.

O FootGolf em Portugal, desde o seu início em 2013 até ao ano de 2017, andou meio que “adormecido” acabando quase por ser “morto” à nascença. Em 2017 quando aceitei o desafio para presidir e dirigir o FootGolf em Portugal, pelo trabalho que se fez em 4 anos, 2 anos pela Associação Nacional de FootGolf Portugal e 2 anos pela Federação Portuguesa de FootGolf, conseguimos recuperá-lo, dinamizá-lo e elevá-lo aos patamares que chegámos hoje. Exemplo disso é o facto de Portugal ser um dos países com maior crescimento da modalidade (entre os 39/40 onde se pratica), sermos um dos países neste momento com mais atletas a participar em etapas nacionais (130/140 atletas por etapa), passarmos de 1 campo para se jogar FootGolf para 8 campos, espalhados de norte a sul do País, termos o reconhecimento por parte do mundo do FootGolf quer seja pela nossa forma de estar como pela forma honesta de trabalhar, entre muitos outros exemplos.

Por muito difícil que seja esta decisão, por tudo o que dei e fiz pelo FootGolf em Portugal, juntamente com a minha Direção, pela falta de gratidão, de consideração, de respeito pelo nosso trabalho diariamente e pela falta de confiança que tem havido por parte de um núcleo de jogadores/filiados para com a Federação Portuguesa de FootGolf, faz com que não me reveja mais neste ambiente tóxico e difamatório como Presidente.

Hoje e depois de já ter comunicado a minha decisão à MAG (Mesa da Assembleia Geral), venho por este meio comunicar a minha demissão do cargo da Presidência da Federação Portuguesa de FootGolf.

Saio de cabeça erguida, de consciência tranquila, convicto do trabalho que fiz e orgulhoso por tudo o que consegui fazer pelo FootGolf em Portugal. É normal que ao longo deste percurso tenha cometido erros, feito coisas menos bem feitas, mas no fundo todo trabalho que foi feito, de alma e coração, para se conseguir este crescimento do FootGolf em Portugal está à vista de todos, menos à vista de “alguns”.

O mais difícil ou impossível foi feito, agora, “que a estrada foi desbravada, construída, que os carris foram colocados, e o comboio posto sobre os carris e em movimento, bastará apenas dirigi-lo para onde quiserem”.

É claro que ainda há muito trabalho pela frente, faz parte continuar e inovar, mas só tenho que me orgulhar, como toda a Direção que me acompanhou, por tudo o que se conseguiu fazer perante todas as dificuldades que fomos tendo durante este percurso entre 2017 até ao dia de hoje.

Desejo o maior sucesso ao futuro Presidente da Federação Portuguesa de FootGolf, desejo o maior sucesso ao FootGolf Nacional, que este desporto continue a crescer em Portugal e que se torne um desporto reconhecido e de eleição.

A todos aqueles que me acompanharam neste percurso, primeiro na Direção da Associação Nacional de FootGolf Portugal e posteriormente na Direção da Federação Portuguesa de FootGolf, a toda a equipa da FPFG, a todos aqueles que sempre me deram força, apoio e confiança, ao longo deste percurso, o meu muito obrigado.

No desporto e na vida não vale tudo e para mim a dignidade vale muito.

Até um dia FootGolfers.